Eleitora, talvez; eleita, jamais! Marcas do positivismo num discurso sufragista feminino
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Palavras-chave

Positivismo
Candidaturas femininas
Direitos políticos
Representação feminina
República

Como Citar

BRAYNER, CRISTIAN; GRUNEICH, DANIELLE. Eleitora, talvez; eleita, jamais! Marcas do positivismo num discurso sufragista feminino . Estudos Eleitorais, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 108–125, 2023. Disponível em: https://tse.emnuvens.com.br/estudoseleitorais/article/view/171. Acesso em: 12 out. 2025.

Resumo

Partindo do Brasil de 1913, quando o parlamento criou uma comissão mista destinada a revisar a legislação eleitoral e a imprensa temia a possibilidade de mulheres votarem e – principalmente – serem votadas, pretende-se, neste presente trabalho, analisar o discurso de Adelina de Saint-Brisson, que se posiciona favorável ao voto e contrária à candidatura feminina na publicação O Imparcial. Buscou-se, por meio de análise histórica, ressaltar a influência do discurso positivista comtiano em seu discurso, e pode-se compreender como o feminino dialoga com as exigências normativas e assume significados culturais de emancipação ou repressão no campo dos direitos políticos. Conclui-se que o alheamento da mulher no processo eleitoral, longe de representar uma ameaça ao progresso, é condição sine qua non para o fortalecimento da então recém-proclamada república.

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